A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) Pública do Pará anunciou ontem que antecipará, para a próxima segunda-feira, 18, a campanha de vacinação contra a gripe Influenza A, prevista anteriormente para 30 de abril, conforme calendário nacional do Ministério da Saúde. Belém já teve três mortes por H1N1 e 99 casos confirmados, dos quais 52 deles na capital. A informação antecipação da campanha foi confirmada pelo secretário de Saúde, Vitor Mateus. O Estado recebeu no dia 6 deste mês 930 mil doses, de um total de 1, 8 milhão previsto. A Sespa já expediu remessas às regiões de Santarém (oeste) e Marabá (sul/sudeste), onde a vacinação deve começar até sexta-feira, 15. A secretaria aguarda nova partida do Ministério da Saúde, na próxima semana, para enviar o material ao nordeste paraense. “É uma questão de logística, priorizamos as regiões mais distantes e com casos notificados para que elas se organizem e iniciem logo a vacinação’’, afirmou o secretário, informando que o transporte nas rodovias paraenses é feito em caminhão-baú refrigerado.
As 930 mil doses recebidas da vacina equivalem à metade do total reservado ao Pará. Vitor Mateus garantiu que no dia seguinte à chegada do antivírus, foram feitas remessas a hospitais com grupos de pacientes prioritários, com aids e pacientes imunodeprimidos - pessoas cujos mecanismos normais de defesa contra infecção estão comprometidos.
O secretário ainda destacou que um quarto registro de morte por H1N1 está sendo investigado. Trata-se de uma mulher, paciente da Santa Casa de Misericórida do Pará. Sobre os dados mais recentes da doença no Pará, ele frisou que até o dia 8 deste mês, a Sespa confirma 99 casos e três mortes. As vítimas fatais foram duas crianças e um adulto de 66 anos.
Nas unidades e postos de saúde de Belém é visível a angústia de pessoa que buscam, sem êxito, a imunização. “Toda hora a gente recebe idosos e mães com crianças perguntando pela vacina’’, disse na manhã de ontem Tálida de Araújo, enfermeira chefe do setor de vacinação, da Unidade de Saúde estadual da avenida Pedro Miranda, esquina com a travessa Mauriti, na Pedreira, há oito anos lotada no posto.
Grávida de sete meses do primeiro filho, a moradora da travessa Timbó, na Pedreira, Alice de Nazaré Conceição Campos, 19 anos, estava na unidade do bairro à procura de imunização contra o vírus H1N1. Ela contou que tomou uma dose no ano passado e foi orientada a se vacinar este ano, de novo.
‘’A gente se preocupa, antes com a dengue, agora com essa gripe, cada vez mais vai se aprofundando o problema. Eu acho um absurdo ainda não ter a vacina, porque eu já tive de correr atrás da vacina contra a hepatite B, agora é essa que está faltando’’, desabafou a jovem, ao relatar que esteve por várias vezes no citado posto da Pedreira, mas não conseguiu se vacinar contra a hepatite B, e que só conseguiu a dose no Centro de Saúde Escola (CSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no Marco.
ORM News
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