Deputados apontam contradições de Jatene


Os excessivos gastos com assessores na Casa Civil do Governo do Pará, sobretudo em tempos de crise econômica, foram alvos de críticas dos deputados da oposição, ontem, na Assembleia Legislativa (AL). A manchete de domingo (10), do DIÁRIO, denunciando o inchaço da máquina pública, foi debatida pelos parlamentares. 

Eles lembraram que, enquanto o governador Simão Jatene mantém 660 servidores no órgão estadual, os delegados da Polícia Civil ameaçam entrar em greve por causa da falta de reposição salarial e professores e alunos protestam contra a diminuição da jornada de aulas. “Faz um discurso de economia de R$ 80 milhões por ano, em meio a um orçamento de R$ 24 bilhões. Não dá para retomar nem a obra do Hospital Abelardo Santos, orçado em R$ 600 milhões?”, questionou Iran Lima, líder do PMDB na AL. “É vergonhoso porque tratam-se de assessorias políticas. Nada justifica tudo isso em tempos de crise”.

LEI

Segundo ele, pela Lei da Responsabilidade Fiscal, quando há dificuldades, primeiro se exonera os contratados e DAS, para dar prioridade aos efetivos. “Porém, a priorização desse Governo é vergonhosa. É uma gestão míope, que vive de costas para a população”.
O deputado Carlos Bordalo (PT) classificou como contradição a permanência de 660 contratados na Casa Civil. Em São Paulo são 65. “Será que o Estado precisa desse tanto de assessores especiais, quando faltam professores na rede pública de ensino?“. 

Lélio Costa (PCdoB) disse que abordou a situação com Jatene, quando a contenção de gastos foi anunciada. “É preciso elencar prioridades. Será que o correto é cortar da saúde e da segurança para manter os R$ 165 milhões para os assessores?”.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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