É uma grande bobagem governamental a ideia de que a construção de novas penitenciárias para abrigar presos que superlotam as cadeias medievais já existentes, irá contribuir para a redução da violência no país - particularmente aqui no Pará, onde sair à rua a qualquer hora do dia, ou da noite, significa correr risco de morte.
Esse erro começou nos governos de FHC, Lula, Dilma, e se amplia no governo de Temer. Podem construir 1.000 novos presídios - que daqui a pouco também estarão superlotados, com suas cenas dantescas de mortes e mutilações - se as principais causas da criminalidade, como a completa falta de política pública em favor dos jovens e, principalmente, contra o consumo e o tráfico de drogas, não forem atacadas de frente pelo governo.
Não é possível que verbas para construção de escolas e hospitais sejam desviadas do orçamento para investimento em penitenciárias. Isto é uma estupidez colossal. O que se lê é que ditos especialistas em segurança pública e governantes ineptos, aprovam tamanho desperdício de recursos públicos.
Segundo projeções do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, entre 2005 e 2013, o país triplicou o número de pessoas presas por tráfico de drogas, passando de 50 mil para 150 mil. O coordenador-geral de Alternativas Penais do Depen, Victor Martins Pimenta, aponta que a população de presos no Brasil teve um aumento de 60%.
Drogas, a metade
“O número de pessoas presas por crimes associados ao tráfico de drogas representa 46% desse número, o que nos torna possível dizer que sem uma alteração nessa política de aprisionamento do número de pessoas presas relacionadas a drogas é impossível fazer uma revisão da politica de encarceramento em massa”, resume Martins Pimenta.
Em qualquer pesquisa estudantil, dentro de presídios ou delegacias policiais, sobre o que leva tantas pessoas a cometer crimes, as drogas aparecem disparadas em primeiro lutar. Então, por quais motivos o governo federal e os estaduais não partem para o combate efetivo às drogas, quebrando a "reserva de mercado" dos traficantes?
Ou é burrice política, ou tem coisa pior escondida por detrás dessa omissão.
Fonte Ver o Fato
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