Ex-Padre preso com 170 kg maconha morre dentro da penitenciária

A Secretaria de Ressocialização (Seres) divulgou, nesta sexta-feira (20), a morte de um ex-padre de 46 anos que estava preso por tráfico de drogas no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a Seres, ele estava recluso no Presídio Juiz Antônio Luís Lins de Barros, sob acompanhamento médico e realizando vários exames, quando se sentiu mal e foi levado para o Hospital Otávio de Freitas, na mesma região, onde faleceu no sábado (14).

O órgão ainda informou que a perícia realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) apontou como indeterminada a causa da morte, sendo necessários exames complementares para a divulgação do laudo definitivo, que deverá acontecer em 25 dias. O ex-padre foi preso com 176 quilos de maconha em novembro de 2014.

O advogado do ex-padre, André Luiz Menezes, explicou que o cliente foi preso porque era responsável pela igreja onde a droga foi encontrada e, na mesma ação policial, uma pessoa foi detida e confessou ser a dona do entorpecente. "Em 28 de novembro, demos entrada no pedido de liberdade provisória, porque a permanência dele na prisão era ilegal. O despacho ainda não tinha saído, mas tenho certeza que o pedido seria deferido", afirmou.

Menezes disse que entrará com uma petição na Justiça para juntar a certidão de óbito ao processo penal e, assim, requerer a extinção do mesmo. No entanto, na área cível, a família pode entrar com uma ação pedindo responsabilização do Estado pela morte do ex-padre e consequente indenização. "Se a própria Seres reconhece que ele estava doente, era para ele ter sido levado a uma unidade de saúde para tratamento sob custódia e não ter ficado preso, só isso já mostra a responsabilidade do Estado no caso. A família ainda aguarda o laudo oficial da morte para se manifestar sobre o assunto", apontou.

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