Pará mais violento - Quatro pessoas são mortas: Uma em Castanhal, outra em Altamira e duas em São Miguel do Guamá


No interior do Pará, em um espaço de dez horas, entre 17h de terça-feira (28) e 3h da madrugada de ontem, quatro mortes mortes violentas foram registradas, sendo uma em Castanhal, outra em Altamira e duas em São Miguel do Guamá.Nos registros feitos pela Polícia Civil se destaca o duplo homicídio ocorrido no sitio Boa Esperança, uma comunidade afastada às margens do rio Guamá, no município de São Miguel do Guamá. As vítimas foram José Orivaldo Maciel dos Passos, de 28 anos e uma mulher, identificada apenas por “Silvana”, de aproximadamente 25 anos, por volta das 2h da madrugada de ontem.

O crime foi registrado junto ao delegado Ronaldo Lopes, de plantão na delegacia de São Miguel do Guamá, pelo pai do rapaz assassinado, identificado como Venâncio da Silva Tavares. “Fiquei sabendo que meu filho e a mulher dele foram amarrados e assassinados a golpes de terçado, disparos de arma de fogo e tiveram os corpos queimados”, relatou Venâncio Tavares.Ele informou ao delegado que os autores do duplo homicídio teriam fugido para o município de São Domingos do Capim.

O cenário no local do crime era devastador. Os criminosos, logo após possivelmente amarrarem as vítimas, aplicaram vários golpes de terçado e ainda fizeram pelo menos três disparos de arma de fogo nas vítimas. Em seguida, atearam fogo nos corpos atingindo também a pequena casa de madeira no sítio Boa Esperança, onde moravam as vítimas.

Pelas informações levantadas pelo delegado Ronaldo Lopes, um dos suspeitos de cometer o crime seria foragido da Justiça de Castanhal, onde teria praticado crime de homicídio e estaria escondido em um sítio próximo ao local da casa das vítimas. “Inclusive, na noite do crime, o assassino teria sido visto bebendo com o rapaz que foi morto”, informou o delegado Ronaldo Lopes.

Investigando o possível paradeiro dos suspeitos, o pai do rapaz morto conseguiu uma informação dando conta que os dois assassinos fugiram em uma pequena embarcação. “Eles foram até a rampa da balsa de São Domingos do Capim e de lá pegaram um táxi”, informou Venâncio Tavares pai de José Orivaldo.

José Orivaldo Maciel dos Passos deixou uma filha de sete anos e, até agora a Polícia Civil não tem uma pista para a motivação do duplo assassinato, que chocou os moradores da pequena comunidade às margens do rio Guamá.

CASTANHAL

Em Castanhal, um rapaz ainda não identificado, e que seria morador de rua, foi morto com seis tiros, na avenida Senador Lemos, esquina como a travessa Cônego Leitão, no centro da cidade, localizada no nordeste paraense. A vítima foi morta quando se preparava para dormir embaixo da marquise de uma loja comercial, às 3h da madrugada de ontem.

O registro do crime foi feito Maria Letícia do Socorro que se disse namorada da vítima. Ela informou que estava namorando o rapaz há três dias e, na terça-feira (28) ele teria pedido a ela que não o acompanhasse até a Praça da Estrela, em Castanhal.

“Ele (o rapaz assassinado) foi visto bebendo com outro morador de rua e, quando voltou para dormir, debaixo da marquise, foi baleado. Dois tiros foram nas costas, três nas mãos e um na perna”, relatou Maria Letícia, a namorada, ao delegado Rodrigo Galende, na Delegacia do Centro de Castanhal.

Peritos do Instituto de Criminalística de Castanhal estiveram no local fazendo o levantamento pericial que deve ajudar nas investigações da Polícia Civil. Ali há câmeras de seguranças de lojas que podem ter registrado o crime.

ALTAMIRA

O quarto homicídio no interior do Pará foi registrado na rua da Circulação Perimetral, no bairro Explanada Xingu, em Altamira, por volta das 17h de terça (28) e teve como vítima o vendedor de veículos Reneu Moraes de 58 anos. Ele foi baleado por dois homens que estavam em uma motocicleta Honda Titan preta de placa não anotada. Eles fugiram.

O delegado Mário Gonçalves Sastre recebeu o registro do crime feito pela nora da vítima, identificada como Gessi da Silva Lameira. Ela disse que Reneu Gomes foi vítima de homicídio sem detalhar mais informações que pudessem ajudar a polícia civil. “Não sei informar os motivos que levaram eles a matar meu sogro” disse Gessi Lameira.

O delegado Mário Gonçalves, após o registro do Boletim de Ocorrência, vai abrir inquérito policial e ouvir testemunhas e parentes da vítima. O crime teve caráter de execução e os seis disparos atingiram a cabeça da vítima que morreu na hora.

Diário do Pará

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