A crise econômica no país, que vem diminuindo o consumo das famílias brasileiras, também contribui para a redução de postos de trabalho em vários setores da economia e o setor do comércio vem sendo um dos mais afetados. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Dieese no Pará, o Estado perdeu mais de 500 postos de trabalho no setor somente no mês de junho deste ano, quando foram realizadas 7.722 admissões contra 8.247 desligamentos.
No mesmo mês do ano passado o comércio paraense também apresentou saldo negativo de empregos formais, só que um pouco maior que o apresentado este ano. Naquela oportunidade foram feitas 7.180 admissões contra 8.032 desligamentos, gerando um saldo negativo de 852 postos de trabalho.
Na análise setorizada para o mês de junho/2015, tanto o comércio varejista, quanto o atacadista apresentaram queda na geração de empregos. O varejo apresentou perda de empregos formais, com 6.517 admissões contra 6.845 desligamentos, gerando saldo negativo de 328 postos de trabalho, com decréscimo de 0,19%. O atacadista também apresentou uma queda de 0,56% na geração de empregos formais. Foram 1.205 contratações contra 1.402 desligamentos, saldo negativo de 197 postos de trabalho.
As análises do Dieese no Pará mostram ainda que a maioria dos estados do Norte apresentaram saldos negativos no comparativo entre admitidos e desligados. O Amazonas perdeu 560 postos de trabalho, seguido do Pará, com 525, Tocantins, com 264, Rondônia com 198 e o Amapá com perda de 178 postos. Com menos perdas, o Acre teve saldo negativo de 22 postos de trabalho e Roraima com 13. Em todo o Norte foram 9.390 admissões contra 21.080 desligamentos, gerando saldo negativo de 1.690 postos, um decréscimo de 0,33% na geração de empregos formais.
Primeiro semestre - Nos seis primeiros meses do ano a situação também foi complicada. Em todo o Pará foram admitidos 46.570 trabalhadores, contra 48.650 desligamentos, um saldo negativo de 2.080 postos de trabalho. No mesmo período do ano passado o comércio paraense também apresentou perda de empregos, só que em menor quantidade: 902 postos.
Na análise setorizada, o comércio varejista perdeu 2.269 postos de trabalho e o atacadista teve um crescimento de 0,55%, com a criação de 189 postos.
Em todo o Norte, o Amazonas foi o Estado da região que mais apresentou perda de empregos formais, com saldo negativo de 2.466 postos de trabalho, seguido Pará, com saldo negativo de 2.080 postos, Rondônia com perda de 1.685, Amapá com 1.555 postos, Roraima com 293, Tocantins com 269 e o Acre com saldo negativo de 254 postos de trabalho.
Durante os seis primeiros meses foram registradas, em todo o Norte, 125.568 admissões contra 134.170 desligamentos, gerando a perda de 8.602 postos de trabalho.
ORM News
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