Professores pedem a saída de Helenilson da Seduc


A Praça da República foi o local escolhido pelos professores e outros trabalhadores do setor de educação pública para um ato realizado, na manhã de ontem, reunindo centenas de pessoas, que teve como ponto alto o lançamento de uma campanha da categoria, em greve há um mês em 122 municípios de todo o Estado, pedindo a saída do atual secretário estadual de Educação, o ex-vice-governador Helenilson Pontes. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), que capitaneou a movimentação, aproveitou a ocasião para explanar os motivos da manutenção da paralisação, mesmo após várias rodadas de conversa com o Poder Executivo, sem que se chegasse a um consenso entre as partes. Eventos similares ocorreram simultaneamente em outras cidades paraenses e, em Belém, representações de Ananindeua, Marituba, Castanhal, Altamira e Salinas se 
fizeram presentes.

JUSTIFICATIVA

A justificativa para a campanha de deposição de Pontes se confunde às motivações da própria greve: o sindicato afirma que o piso nacional do magistério, instituído por lei, não é pago e que houve uma redução abrupta na carga horária da jornada de trabalho do professor, mesmo com um déficit que seria de oito mil docentes. 

“O governo utiliza seu poder econômico para custear a mídia burguesa na tentativa de confundir os educadores e manipular a sociedade. No entanto, as mentiras de Jatene e Helenilson serão desmascaradas”, afirma o Sintepp em comunicado oficial sobre o movimento “Fora Helenilson”. 

O mesmo documento informa ainda que “a categoria está fortalecida e analisa de forma minuciosa as propostas dialogadas pelo sindicato durante as reuniões com o governo. O comando de greve informa que não está medindo esforços para alcançar um consenso que garanta a não retirada sumária de direitos proposta pelo governo”.

Hoje, o Sintepp realiza reuniões distritais em sete escolas da Região Metropolitana de Belém e, no dia 28, um novo ato público será realizado, dessa vez em frente ao Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a partir das 9h. Na quarta-feira, 29, a categoria se reúne em assembleia geral na Escola Estadual Cordeiro de Farias, momento em que deve haver nova deliberação sobre continuidade ou não da paralisação.

Segundo notícias publicadas na agência de notícias do governo do Estado, serão contratados professores temporários para substituir os professores em greve, para que as aulas sejam retomadas esta semana. O governo do Estado disse que, no dia 23, ampliou a proposta apresentada aos professores: além do pagamento do piso, aumento para 70 horas aulas suplementares a jornada, que chega a 284 horas por mês. Afirmou que, assim, “a remuneração inicial do professor fique em R$ 5.525,54, com capacidade para chegar a R$ 8.840,10, quando acrescidas de vantagens pessoais”, mas não houve consenso.

(Diário do Pará)

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